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Como Criar um Design System para Pequenas Empresas

  • DesignGuy
  • 2 days ago
  • 9 min read

O mundo visual das empresas mudou muito nos últimos anos. O que antes era visto como “capricho” ou exclusivo de grandes empresas, hoje se tornou ferramenta de crescimento e credibilidade para negócios de todos os portes. Afinal, especialmente com inteligência artificial e ferramentas como Canva, tudo relacionado a branding e identidade visual ficou mais acessível a todos.


Quando nossa identidade visual não tem uma unidade em todas as peças, as pessoas sentem que há algo de errado, mesmo que de forma inconsciente. Elas não retém sua marca na memória, por não ter uma identidade única. A Coca-Cola, por exemplo, que com pouquíssimos elementos, como o contorno de uma garrafa e a cor vermelha, sem mesmo ter a sua marca, faz com que as pessoas saibam que se trata de uma comunicação vinda da Coca-Cola. Apple, idem.


Essas empresas não conseguem isso porque não grandes e têm budget infinito. Conseguem por serem focadas em branding, com uma estratégia e diretrizes claras sobre o assunto. E isso, qualquer marca pode ter.


No caso das pequenas, em seu universo nichado, elas podem fazer exatamente a mesma coisa para ser reconhecida.

Por isso, tem sido cada vez mais comum ouvir falar sobre sistemas visuais organizados e, nessa conversa, um conceito se destaca: o design system, que faz parte do seu manual de identidade visual.


Man working on laptop, surrounded by golden icons (check, gear, chart) against a blue background. Focused and analytical mood.

O que é um design system e por que pequenas empresas devem se importar?

Design system é um conjunto estruturado de padrões visuais, componentes reutilizáveis e diretrizes claras capazes de garantir consistência e agilidade na criação de interfaces e materiais de comunicação.


Resumindo, são as orientações sobre como sua marca se comporta visualmente.

Em uma equipe enxuta, é muito mais fácil manter a unidade por serem menos pessoas envolvidas no desenvolvimento da marca. Porém, se as diretrizes não forem bem feitas, cada um fará do seu jeito. E isso não é bom para a marca, nem para o time, que vai se sentir sempre insatisfeito e aumentar o nível re retrabalho.


Consistência constrói confiança.

Muitos negócios que crescem sentem que algo está fora do lugar quando cada entrega de design parece ter sua “personalidade”. O público percebe. E se perde. É nesse cenário que a padronização entra. O design system para pequenas empresas não precisa ser complexo, mas precisa ser pensado.


Quais são os verdadeiros benefícios de um sistema visual bem estruturado?

Quando uma organização define padrões claros, aparecem resultados que vão além do design bonito:


  • Rapidez nas entregas de design e copy.

  • Redução de conflitos entre times.

  • Menos tempo revisando e corrigindo o que deveria ser simples.

  • Comunicação visual que “fala uma única língua”, transmitindo profissionalismo.

  • Sensação de controle e previsibilidade entre colaboradores.


Imagine uma campanha em que tudo está perfeitamente ajustado: as cores, os botões, a fonte dos textos, os ícones. O esforço investido em organizar tudo isso, nos bastidores, evita aquela famosa sensação de improviso no resultado final.


Padronizar não significa engessar, mas sim dar liberdade com segurança.


Como o design system ajuda no dia a dia das pequenas equipes?

Quando se pede uma nova peça, seja uma apresentação para cliente, card para redes sociais ou atualização no site, ninguém precisa mais perguntar qual fonte usar, se o verde mudou ou se o espaço entre logo e título está correto. Afinal, as diretrizes estarão claras. Isso ajuda a:


  • Economiza tempo ao evitar discussões sobre detalhes que já estão definidos.

  • Facilita a entrada de novos colaboradores ou terceiros, que conseguem entender rapidamente as regras visuais do negócio.

  • Simplifica a necessidade de revisões desgastantes entre quem cria e quem aprova.


Segundo exemplo prático de muitos gestores: projetos recomeçam do zero porque não havia um “repertório” visual documentado. Com um design system, cada entrega nova parte de um ponto já combinado, reduzindo a curva de aprendizado e otimizando recursos.


O que compõe um design system enxuto e funcional?


A versão básica de um sistema visual costuma contemplar alguns blocos principais:


  1. Paleta de cores institucional: define quais tons representam a empresa.

  2. Tipografia: combinação padronizada de fontes para títulos, textos, botões e destaques.

  3. Sistema de ícones: símbolos gráficos padronizados para navegação rápida e intuitiva.

  4. Componentes visuais reutilizáveis: botões, cards, banners, formulários, campos, menus etc.

  5. Espaçamentos e grids: margens e alinhamentos para garantir equilíbrio e clareza.

  6. Exemplos práticos de uso: simulações de peças reais, mostrando como aplicar os componentes.

  7. Manual claro de uso: explicações simples sobre “como fazer” e “como não fazer”.

  8. Fotografia e grafismos: orientações básicas sobre estilo e como utilizá-los nos materiais.


O ideal é que cada empresa tenha esse kit básico orientador desde o começo e cresça seu manual conforme necessidade. Fazemos muito isso para clientes na DesignGuy e funciona muito bem: manual básico primeiro e adendos conforme necessidade.


Escolha das ferramentas: como guardar e compartilhar o sistema?

Atualmente, até times “de um só” aproveitam ferramentas que antes eram exclusivas de grandes agências. Plataformas como Figma, Notion, Google Slides e Canva são fáceis de acessar, compartilhar e modificar.


  • Figma: útil para montar, armazenar e organizar componentes atualizados (botões, grids, cores e mais).

  • Notion: ótimo para documentar processos, regras e dicas com links, imagens e exemplos.

  • Google Drive: armazena arquivos prontos e permite colaboração simples.

  • Canva: facilita a utilização rápida de templates já dentro dos padrões.


Concentre toda a informação em espaços fáceis de localizar: a dúvida do designer ou gestor não deveria demorar dois minutos para ser respondida recorrendo ao manual.


É comum equipes pequenas pensarem que basta “lembrar de cabeça”. O problema aparece quando alguém sai, chega alguém novo ou quando o ritmo de entregas aumenta e o improviso cobra o preço.


Ter tudo documentado economiza tempo do time e garante bom resultado na maioria das situações.

Criando o design system do zero: passo a passo realista


1. Mapeamento dos ativos visuais já existentes

Antes de sair criando novas regras, vale catalogar o que já foi feito: logotipo, variações de cor, fontes usadas em redes sociais, banners, ícones e etc. Reúna tudo, nem que seja um “catadão de imagens”. O diagnóstico inicial revela o que já funciona, o que atrapalha e o que pode ser preservado.


2. Definição dos elementos básicos prioritários

Quem começa pequeno precisa de foco. Os primeiros elementos padronizados são geralmente:


  • As cores oficiais da empresa (primárias e secundárias).

  • Tipografia dos títulos, textos e botões.

  • Logotipo em suas variações (colorido, preto e branco, reduzido).


Esses três já permitem ganhar consistência de imediato, mesmo sem um manual gigante ou biblioteca complexa.


3. Criação da biblioteca de componentes reutilizáveis

Com os fundamentos em mãos, parte-se para a organização dos itens que mais aparecem nas entregas diárias (botões, banners, ícones, campos, cards, selos, tags, etc.).


  • Utilize ferramentas com capacidade de atualização fácil (Figma é um favorito entre times pequenos).

  • Pense na frequência de uso: priorize o que resolve 80% dos casos.


Documentar exemplos reais de aplicação evita dúvidas e dá vida às regras. Um formulário, um banner e uma postagem em rede social com o mesmo visual criam vira rotina para o público.


4. Montagem de um manual visual simples

A documentação não deve ser cheia de termos técnicos, mas simples de entender por qualquer pessoa que tenha acesso a ele. Sobre plataforma, é possível usar um simples Google Slides e estará bem atendido. O foco é explicar o “porquê” das escolhas e “como manter” o padrão.

Manual visual bom responde perguntas antes delas surgirem.

5. Revisão e atualização contínua

O design system é uma referência viva, e não uma pedra escrita para sempre. Cada novo desafio pode trazer aprendizados e é importante escutar time e clientes quando acharem que alo está desatualizado ou não faz mais sentido. Nessas horas, é preciso rever o que foi feito.


Para inspirar esse processo, há conteúdos úteis como o artigo sobre como garantir entregas de design consistentes em escala, que mostra como times crescem sem perder harmonia visual.


Exemplos práticos: como padronizar sem complicar?


Paleta de cores institucional simplificada

Defina, de fato, três a cinco cores que representem a marca.- Registre os códigos (RGB, HEX) pelo menos das cores principais e de possíveis variações.- Salve exemplos de combinações permitidas.


Tipografia bem definida

  • Escolha uma fonte para títulos e outra para textos corridos. Importante que esta última seja uma fonte de sistema, como Arial.

  • Defina o tamanho mínimo e máximo de cada aplicação.

  • Registre exemplos de hierarquia visual, com níveis de destaque.


Sistema de ícones coeso

  • Reúna ícones que sigam a mesma linguagem visual.

  • Evite misturar estilos: o público percebe quando um ícone “destoa do grupo”.

  • Dê preferência para pacotes já existentes (Google Material, Feather, etc.), adaptando só quando necessário.


Consistência é alcançada mais pela simplicidade do que pela quantidade de elementos visuais.


Compartilhando o sistema com o time

Salve tudo em ambientes acessíveis, como Notion, Google Drive, Figma ou até pastas compartilhadas.- Oriente os envolvidos sobre onde consultar o material.- Se possível, registre mini tutoriais de acesso e uso.


Superando desafios de pequenas equipes: tempo, recurso e foco


Times reduzidos quase sempre apontam falta de tempo como principal impedimento para criar um bom design system.

Vale mais documentar o pouco, do que nunca começar.

Como driblar o improviso?

  • Planeje em etapas pequenas. Divida a criação do design system em pequenas metas semanais: um dia só para cores, outro para ícones, outro só para salvar exemplos. É como fazemos aqui na DesignGuy e, mesmo assim, conseguimos entregar algo muito bonito, muito mais rápido que o mercado.

  • Engaje o time deixando claro que o objetivo é facilitar a rotina, não burocratizar tarefas.

  • Use e atualize sempre que surgir uma dúvida na produção de novas peças. Em vez de “corrigir depois”, complemente o manual.



Quando profissionalizar mais?

Somos uma casa de design e acreditamos que não devemos nos preocupar com isso quando estamos na fase de MVP ou validação. Depois que seu produto estiver validado, com clientes, recomendamos fortemente contratar um profissional para construir seu manual e fazer um logo que irá te acompanhar por uns bons anos. Afinal, aqui você já sabe quem é seu público, para quem vende e por que ele compra.


Aqui na DesignGuy, já construímos o branding de algumas empresas do zero, um trabalho que fazemos com carinho e nos dá muito orgulho.




Como alinhar branding, design e produto?

Uma interface com personalidade só é possível se houver harmonia entre branding, design gráfico e produto. Materiais como brandbook dedicado e discussões sobre como integrar design ao planejamento de produto ajudam a alinhar expectativas e padronizar decisões.


Quando expandir: o ciclo de amadurecimento do design system

Após alguns meses com um sistema simples implantado, muitos negócios notam o ganho real. Surge o próximo passo: ampliar padrões para outros materiais: apresentações, e-mails, propostas comerciais, templates para redes sociais e materiais impressos. Mas calma: a pressa em sofisticar pode sabotar o que funciona. O crescimento deve ser gradual, conforme a equipe internaliza as regras básicas.


Agilidade com segurança: design system é ferramenta, não fim em si

Alguns caem na armadilha de transformar o design system em algo engessado demais, esquecendo-se do objetivo real: dar liberdade para acertar mais e errar menos. O sistema deve ser atualizado conforme o negócio evolui, sem perder a clareza visual nem travar a criatividade.


Resumo e próximos passos

Mesmo para times pequenos, organizar padrões visuais e documentar componentes traz clareza, velocidade e credibilidade. Criar um design system não precisa ser difícil nem caro, basta planejamento, foco no que realmente é usado e atualização contínua. Pequenas etapas semanais transformam a rotina.


Profissionalizar sua identidade visual contribui para transmitir mais segurança, conquistar novos clientes e criar experiências positivas e consistentes.

Para negócios que valorizam branding, velocidade e precisam de soluções flexíveis, vale conhecer o nosso trabalho. Entregamos em ~2 dias com altíssima qualidade. Agende agora mesmo uma reunião com a DesignGuy.



perguntas frequentes


O que é um design system para pequenas empresas?

Um design system para pequenas empresas é um conjunto organizado de regras visuais, componentes e exemplos de uso que servem para padronizar toda a comunicação da marca. Ele ajuda o time a decidir, de maneira rápida, quais cores usar, qual fonte escolher e como montar peças visuais que mantenham sempre o mesmo estilo, facilitando tanto a criação quanto as aprovações de materiais.


Como criar um design system do zero?

Para construir um design system do zero, recomenda-se mapear tudo o que já foi criado pela empresa (logos, cores, fontes, banners), definir os elementos fundamentais (cores institucionais, tipografia e ícones), e documentar esses padrões em uma ferramenta de fácil acesso. Com o tempo, adicionam-se componentes conforme as necessidades surgirem, sempre com exemplos de aplicação. A manutenção é feita aos poucos, atualizando sempre que algo novo for criado ou melhorado.


Vale a pena investir em design system pequeno?

Sim, investir em um sistema visual, mesmo que simples, evita retrabalho e reduz dúvidas. O investimento pode ser baixo, principalmente se a equipe organizar as informações em ferramentas gratuitas ou acessíveis. O retorno é garantido pela agilidade nas entregas, uniformidade que passa confiança ao público e menor desgaste entre quem cria e quem aprova.


Quais são os benefícios de um design system?

Os benefícios de um design system incluem ganho de tempo, redução de conflitos internos, aumento da consistência visual e facilidade para treinar ou integrar novos colaboradores. Além disso, a marca apresenta uma imagem sólida e confiável, capaz de aumentar a percepção de valor pelo seu público.


Quanto custa implementar um design system?

O custo de implementação pode variar: se feito internamente, demanda basicamente o tempo de organização, pesquisa e registro das regras. Em casos de contratação de profissionais ou plataformas especializadas, o investimento vai depender da complexidade desejada. Mesmo assim, para pequenas empresas, o custo tende a ser muito menor do que retrabalhos constantes ou perda de identidade ao longo do tempo.

 
 
 

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