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Como Centralizar o Cliente em Campanhas de Marketing

  • DesignGuy
  • Sep 17
  • 10 min read

Quem nunca ouviu falar em “colocar o cliente no centro”? Em mercados tão disputados e imprevisíveis, essa expressão é mais que necessária e motivo de sucesso de empresas como Amazon.


Hoje, centralizar o cliente em campanhas de marketing, e não só no desenvolvimento do produto, é, de fato, o divisor de águas para uma marca se destacar. Mas será que todo mundo sabe o que isso realmente envolve? Esta conversa é para quem quer entender, de verdade, como colocar o cliente no centro das estratégias e colher resultados que vão muito além de curtidas ou métricas de vaidade.


Illustration of a person with communication icons: megaphone, chat bubbles, and charts around a target, in vivid orange and blue tones.

O que significa centralizar o cliente?

Colocar o cliente no centro de suas campanhas significa desenhar cada etapa do processo, do design às entregas e ao pós-venda, para criar experiências para ele, que tenham valor para ele, e resolver dores e necessidades de forma genuína.


Centralizar o cliente vai bem além de pesquisas de satisfação. Se ainda não entende este conceito, vai precisar mudar seu mindset.


ou seja: no lugar de pensar "como posso criar uma campanha incrível para este produto", pensar "o que meu cliente quer e precisa para que eu crie um produto incrível para ele e, em seguida, uma campanha para comunicá-lo, de for aque me comunique com ele, em canais que ele está"?

A diferença não é sutil, mas um verdadeiro abismo. Para isto, é fundamental que conheça seu cliente profundamente. E a experiência que seu cliente tem com sua empresa, marca, produto, pesa, e muito, na decisão de compra.


Pense bem: quantas vezes você paga um pouco mais por um serviço só porque sente que foi entendido e respeitado? Quando a companhia tem esse foco, ela integra marketing, design e gestão. Tudo se conecta para criar valor verdadeiro. Isso exige engajamento de líderes, equipes e até fornecedores. Não tem mágica nem atalhos, mas há um caminho claro para chegar lá.


Indo um pouco na literatura, conceito “Colocar o cliente no centro” foi amplamente disseminado por Philip Kotler, pai do marketing moderno, ao defender a transição do foco em produto para o foco em cliente. Mais tarde, de forma ainda mais prática, Clayton Christensen aprofundou essa visão com a teoria dos Jobs to be Done, mostrando que não basta conhecer o consumidor em termos demográficos: é preciso entender o progresso que ele busca, qual job seu produto resolve na vida dele e em que contexto.


Por que isso é decisivo?

O cliente está mais informado e exigente. Não falta opção. Logo, segundo dados sobre experiência de consumo, marcas que resolvem rápido problemas e colocam o cliente como peça-chave ganham a confiança do público, e, consequentemente, geram relações duradouras.


A centralidade do cliente se tornou obrigatória em diversos setores. Pense em grandes nomes como Amazon ou Nubank. Cada uma cria ecossistemas onde tudo gira em torno da satisfação e da facilidade para o consumidor pelo simples motivo dela conhecer profundamente suas dores e criar soluções para ele. E, consequentemente, comunicar essas soluções e a parte institucional da empresa de uma forma que o cliente se identifica absolutamente. Isso porque tudo foi criado a partir de suas dores e necessidades.


A centralidade do cliente na prática: integração entre marketing, design e negócios

Ser centrado no cliente não é tarefa de um único departamento, mas um compromisso coletivo. Campanhas, produtos e operações só ganham força quando partem de uma mesma base de entendimento: quem é o cliente, o que ele valoriza e quais experiências realmente importam para ele.


Na prática, isso exige que marketing, design e negócios troquem informações de forma contínua. Marketing traz insights de mercado e comportamento; design transforma esses aprendizados em experiências claras e usáveis; o negócio garante que a entrega seja viável, sustentável e alinhada à promessa feita. Sem esse fluxo integrado, surgem os silos: anúncios que prometem o que o produto não cumpre, interfaces bonitas mas pouco funcionais, operações eficientes mas desconectadas do que o cliente valoriza.


A centralidade do cliente, portanto, é uma disciplina de alinhamento constante. Quando cada área deixa de defender apenas seu pedaço e começa a agir como parte de um sistema único, o cliente percebe consistência, e consistência é o que gera confiança e fidelidade.


Quando existe integração, ele percebe consistência e é essa consistência que constrói confiança.

Alguns exemplos mostram bem esse ponto. O Nubank não cresceu apenas pelo marketing criativo, mas porque o design do app era intuitivo e a experiência de atendimento entregava a promessa de “descomplicar a vida financeira”, que era uma dor gigantes do mercado na época.


A Apple reforça isso em cada detalhe: campanhas emocionais, design icônico e produtos que funcionam de forma integrada. Já a Patagonia consegue transformar propósito em ação ao alinhar comunicação, design de produto sustentável e decisões de negócio coerentes com sua visão ambiental, a qual seus clientes corroboram. Além de oferecerem produtos de altíssima qualidade, que duram por muito tempo.


Mapeamento da jornada: como encontrar pontos críticos e agir de forma estratégica


Entender a jornada do cliente é enxergar com os olhos dele. Visualize cada etapa que ele percorre desde o primeiro contato até a recompra.


A jornada pode passar por vários pontos de contato. Alguns exemplos:


  • Primeiro clique no anúncio

  • Entrar no site ou aplicativo

  • Preencher um formulário

  • Receber um e-mail de boas-vindas

  • Interagir no chat ou com o suporte

  • Receber o produto ou serviço

  • Pedir ajuste ou resolver um problema

  • Compartilhar feedback


O segredo está em identificar fricções que derrubam taxas de conversão e elevam o risco de perda de clientes. Sem ter consciência do seu fluxo, muitas vezes ficamos sem entender porque as pessoas estão indo embora.


A grande maioria dos clientes simplesmente vai embora quando há fricção.

Se você consegue falar com ele e descobrir onde elas estão, tem uma oportunidade gigantesca de fazer melhorias que irão aumentar sua taxa de retensão. E a comunicação é fundamental neste processo. Uma mesma mensagem escrita de forma diferente pode ter impactos completamente diferentes junto a um mesmo cliente.


Como mapear de verdade? Veja um passo a passo:

  1. Desenhe a jornada completa, do começo ao fim, ouvindo áreas-chave do processo (vendas, produto, suporte, design etc). Esse mapeamento pode ser em formato de fluxo e não deve ser complexo, mas simples, como um esquema de setas, como no exemplo abaixo, retirado do livro Sprint.


Flowchart on whiteboard shows steps from "Patient" appointment to "Begin Therapy," involving patient, doctor, and coordinator roles.

  1. Mapeie dados: onde o cliente desiste, reclama ou retorna sempre?

  2. Converse com clientes reais, sem viéses. Pergunte da forma mais aberta e sem indução possível e deixe ele falar. O livro Teste da Mãe pode te ajudar.

  3. Use ferramentas visuais, como mapas de empatia e fluxogramas para visualizar facilmente o que é relevante.


Em empresas inovadoras, como Amazon ou Nubank, esse mapeamento é levado tão a sério que se transforma em cultura. Não surpreende que tenham usuários apaixonados, tudo é pensado para tornar cada etapa intuitiva e sem obstáculos.


E se você quiser se aprofundar ainda mais, recomendo o artigo o papel do design na experiência do cliente em grandes empresas, mostrando como o design pode ser a ponte entre expectativa e realização.


Passo a passo para campanhas de marketing centradas no cliente:

Depois de entender o conceito de centralidade do cliente, vamos entender como aplicar isso em suas campanhas, do ponto de vista de comunicação:


1. Volte às necessidades reais

Antes de pensar em formato ou canal, investigue o que o cliente precisa resolver, como ele se comunica, por onde, de que forma. Use entrevistas, análise de jornada e dados de suporte para mapear dores e motivações.


2. Defina personas vivas

Entenda padrões de comportamento com base em dados recentes de comportamento, consumo de conteúdo e feedbacks. Elas são ponto de partida para segmentação.


3. Construa a mensagem a partir do “job”

Pergunte-se: “Qual progresso o cliente busca e como minha campanha o ajuda a chegar lá?” Isso muda o tom do discurso de “eu ofereço” para “eu sei que você precisa disso que tenho a oferecer”.


4. Valide hipóteses cedo

Antes de lançar em grande escala, teste versões menores da campanha com recortes de público. Veja se a mensagem gera engajamento real ou se precisa de ajustes.


5. Alinhe experiência prometida e entregue

Campanhas criam expectativas. Garanta que produto, pós-venda e suporte estejam preparados para cumprir a promessa feita. Uma campanha brilhante pode virar frustração se não houver consistência.


6. Use canais do jeito certo

Escolha canais em função de onde o público está, não por modismo. Se o cliente busca praticidade, talvez um e-mail objetivo funcione melhor que um vídeo longo no TikTok.


7. Meça impacto no cliente, não só no funil

Não limite métricas a cliques ou impressões. Avalie NPS, taxa de recompra, engajamento em comunidade, share of voice, indicadores que mostram se a campanha realmente fortaleceu o vínculo.


8. Aprenda e retroalimente o ciclo

Documente aprendizados de cada campanha e alimente marketing, produto e operação. Esse loop garante evolução contínua e evita repetir erros.


O seu papel é se comunicar com o cliente de forma assertiva o tempo inteiro durante todas essas etapas.


Personalização, uso de dados e feedback: os pilares da conexão autêntica

Personalizar vai muito além de fazer e-mails nominais. É entregar aquilo que, de fato, faz sentido para a pessoa em cada momento da sua experiência. Para isso, dados bem trabalhados e feedback constante são seus aliados mais valiosos.

Quando o cliente sente que tudo foi feito pra ele, nasce a verdadeira fidelização.

Como usar dados de forma inteligente?

  • Segmente sua base para falar com grupos de interesse, mas não exagere a ponto de perder a autenticidade.

  • Analise padrões de comportamento para prever o que cada cliente valoriza mais.

  • Teste diferentes tipos de mensagem falando a mesma coisa.

  • Use automação com sensibilidade, evitando mensagens genéricas. Sempre que for necessário, considere compor com camadas humanas de interação.

  • Cuide da privacidade: transparência é peça-chave na confiança.


O feedback, por sua vez, é ouro. Ao construir campanhas e experiências baseadas em retornos reais dos clientes, você acerta o tom e restringe esforços desnecessários.


  • Questionários rápidos após a compra

  • Espaços abertos para sugestões nas mídias sociais

  • Monitoramento de reviews e comentários em tempo real

  • Análise colaborativa dos dados por toda a equipe

  • E, muito importante: respostas rápidas às mensagens do cliente. Se ele se sente confortável, vai te falar coisas que podem trazer excelentes insights.


Personalização como diferencial competitivo

É curioso como marcas que apostam em experiências personalizadas criam uma conexão emocional. Veja, por exemplo, estudos apresentados em cases de empresas que superam expectativas com atendimento humanizado e soluções digitais focadas em necessidades reais do público. São exemplos de que a empatia e a proatividade capturam a preferência do cliente até mesmo diante de ofertas mais baratas.


Métricas-chaves: como medir o verdadeiro impacto dessa cultura

Resultado é tudo, não adianta romantizar. Por isso, medir o quanto essa centralidade melhora a experiência é parte do processo. Entre os principais indicadores, três se destacam:


  • NPS (Net Promoter Score): Mede o quanto as pessoas indicam sua marca. É simples, rápido e diz muito sobre fidelidade. Marcas que estão de fato focadas no cliente costumam apresentar NPS elevado, como mostram algumas das principais referências em cases de marketing digital no Brasil.

  • Churn: Indica quantos clientes você perde em determinado período. O segredo é encontrar o que causa essa perda, principalmente se houver picos após algum contato negativo.

  • Taxa de recompra: Mostra quantas pessoas decidem comprar de novo. Um índice crescente revela satisfação e confiança.


Você pode complementar esse olhar, analisando indicadores como tempo de resolução de chamados, engajamento em canais digitais e até o volume de feedbacks positivos recebidos. E, a partir dai, criar suas campanhas e peças de comunicação para todos os públicos: leads, clientes, ex-clientes.


Grandes exemplos: Amazon, Nubank e Magazine Luiza (e o que aprendemos com eles)

Amazon ensina sobre agilidade e obsessão por entregar rápido e sem surpresas. Nubank apostou em atendimento humano e transparente, tornando-se referência em simplicidade e linguagem direta. Magazine Luiza inovou, centralizando o cliente online e offline, e apostando pesado na resolutividade.


Essas empresas não são exemplos para serem copiados ao pé da letra. O exemplo que devemos tirar aqui é o "como"elas fizeram: colocaram o cliente no centro e a comunicação acompanhou esse movimento.


Colocar o cliente no centro faz a marca subir um degrau importante na mente do consumidor, algo que os concorrentes menos atentos simplesmente não alcançam.


Como simplificar processos sem perder a personalização

A agilidade não pode comprometer a personalização. Aqui, o segredo é padronizar tarefas operacionais, mas reservar tempo e energia para o que é realmente único em cada campanha.


  • Documente processos simples, poupando esforço para momentos mais criativos.

  • Use templates personalizáveis, como sugerido neste artigo sobre design integrado ao planejamento de produto.

  • Deixe claros os critérios para ajustes ilimitados, evitando retrabalho desnecessário e focando no que gera valor real para o cliente.


A Zappos é um exemplo emblemático de como processos podem ser eficientes sem engessar a personalização. A empresa ficou famosa por ter um time de atendimento enorme, treinado não para encerrar ligações rapidamente, mas para resolver de forma humana cada situação, mesmo que isso significasse ficar horas no telefone com um cliente.


No livro Delivering Happiness, Tony Hsieh mostra que esse investimento em experiência genuína gerava confiança e lealdade, transformando clientes em verdadeiros defensores da marca.


A lição é simples: padronizar operações ajuda a ganhar velocidade, mas a personalização não pode ser sacrificada. O diferencial está em usar eficiência para liberar tempo e energia justamente para aquilo que torna a experiência única: o contato humano, a atenção aos detalhes, a sensação de que cada cliente importa. Foi assim que a Zappos construiu não só um negócio lucrativo, mas uma marca admirada e lembrada até hoje.


Eles conseguiram tangibilizar de forma genuína e autêntica o que significa colocar o cliente no centro e construir sua comunicação toda baseada nisso.


Conclusão

Colocar o cliente no centro deixou de ser diferencial e virou pré-requisito. O que distingue marcas como Amazon, Nubank ou Zappos não é apenas tecnologia ou campanhas criativas, mas a disciplina de alinhar marketing, design e operação em torno da mesma pergunta: o que o cliente realmente valoriza?


Essas empresas mostram que não se trata de slogans, mas de práticas diárias, da forma como respondem a um chamado de suporte até como estruturam modelos de negócio inteiros. Quando eficiência se combina com personalização genuína, nasce algo raro: confiança. E as campanhas e todos os pontos de contato com o cliente precisam acompanhar isso.


E confiança é o ativo mais valioso de qualquer marca. Produtos mudam, mercados evoluem, tecnologias se tornam obsoletas. O que permanece é a percepção de que aquela empresa entende, respeita e entrega valor verdadeiro ao seu cliente. Esse é o legado das marcas que decidem, de fato, colocar o cliente no centro.


Se você precisa de ajuda na construção de suas campanhas, a DesignGuy é o parceiro ideal para sua empresa. Entregamos design de altíssima qualidade em poucos dias, incorporando toda a sua estratégia de marca. Entre em contato agora mesmo e agende uma ligação.

 
 
 

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