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Reposicionamento de Marca: Guia Completo para Renovar Sua Imagem

  • DesignGuy
  • 4 days ago
  • 7 min read

Sentir que a marca ficou parada no tempo é algo que já aconteceu com quase toda empresa que cresceu, inovou ou decidiu direcionar seus olhos para um novo público. Esse desejo de renovar, de se ajustar às expectativas do mercado e do consumidor, tem nome: reposicionamento de marca. Mas, embora pareça simples quando dito assim, esse processo tem nuances e exige estratégia.


Como se renovar, sem perder a essência?

Muitas vezes, ele se confunde com o termo rebranding. Outras vezes, vira sinônimo de renovação visual. Vamos nos aprofundar neste assunto?


Entendendo o que significa reposicionar sua marca


O reposicionamento de marca é uma estratégia de marketing que visa alterar a percepção do público sobre uma empresa, produto ou serviço, ajustando a sua identidade, valores e comunicação para se adaptar às mudanças do mercado e às necessidades dos consumidores.


Ele vai além de uma simples mudança de logótipo (que é apenas uma parte do processo) e envolve uma reformulação mais profunda, que pode incluir novos valores, missão, tom de voz, melhorias nos processos e na forma de atender os clientes. Como consequência, isso irá definir que espaço essa empresa deseja ocupar no mercado a partir de agora.

Mudanças de verdade acontecem de dentro para fora.

Aqui estamos falando de estratégia, de narrativa, de cultura, de decisões que envolvem desde a apresentação visual até a maneira como a equipe conversa com o cliente. Se for preciso mudar símbolo, linguagem, produtos ou canais, tudo isso entra na equação. Mas antes é preciso entender o motivo desta mudança, quais são os incômodos, o que deve permanecer e o que deve ser descartado.


Colorful illustration of digital tools with a paintbrush, wrench, and graph on a blue-orange background. Includes like and message icons.

Diferença entre reposicionamento e rebranding

É verdade que ambos mexem na identidade e percepção de marca, mas há uma diferença sutil. O reposicionamento visa alterar o posicionamento estratégico da empresa, sua promessa de valor, propósito, discurso, personalidade e mercado-alvo.


Já o rebranding, pode incluir isso, porém, geralmente, foca mais em mudanças cosméticas: nome, logotipo, layout, uniformes, papelaria etc. Claro, na prática, muitas vezes eles andam juntos, mas nem sempre uma mudança de identidade visual significa uma reorientação estratégica.


Quando faz sentido embarcar nesse processo?

  • Quando sua marca quer atingir novos públicos.

  • Se o mercado mudou, novos concorrentes surgiram ou há inovação tecnológica relevante.

  • Quando a mensagem perdeu ressonância ou se tornou genérica (e olha que isso acontece sem ninguém notar).

  • Se o visual está datado e não conversa mais com as tendências do segmento (aqui estão alguns sinais de alerta).

  • Quando há fusão, aquisição ou mudança de propósito.

  • Ou, simplesmente, quando você percebe que está “parecendo igual” a todos os outros.


Por que o reposicionamento pode mudar tudo na trajetória de uma empresa

Marcas vendem porque consumidores precisam de um produto que ela oferece. Quando as necessidades ou o job que esse cliente precisa cumprir mudam, por qual motivo ele compraria aquele produto com o qual perdeu conexão?


E, será que há um público diferente, não mapeado anteriormente, que pode querer consumir desta marca? Pois bem, um dos cases mais famosos de reposicionamento de marca é o da Old Spice.


Durante décadas, a marca era associada a um público mais velho, com perfumes considerados ultrapassados. Em 2010, a Procter & Gamble decidiu reposicionar a Old Spice para conquistar consumidores jovens. A estratégia combinou novo tom de voz, humor irreverente, campanhas digitais virais e o icônico comercial “The Man Your Man Could Smell Like”, estrelado por Isaiah Mustafa.


O resultado foi impressionante: em poucos meses, as vendas da linha Old Spice Body Wash cresceram 125%. Além disso, a marca deixou de ser vista como “antiga” e passou a ocupar espaço cultural relevante entre os jovens, tornando-se case estudado em escolas de marketing no mundo inteiro.





Tipos de reposicionamento e rebranding: mais do que mudar a cara

Não há receita única, mas o processo se divide em alguns tipos principais, dependendo da necessidade de cada organização. Algumas vezes, basta recalibrar o discurso; noutras, é preciso transformar tudo do avesso. Veja exemplos práticos dessas abordagens:


Reposicionamento de mercado:

A empresa decide focar em outro segmento ou público. Exemplo: marcas de cerveja popular que investem em linhas premium para consumidores exigentes.


Reposicionamento de valores:

Mudança nas crenças da empresa, geralmente para alinhar-se a pautas sociais, ambientais ou culturais. Pense em gigantes que passaram a comunicar sustentabilidade, diversidade ou inclusão, e mudaram processos para sustentar isso.


Reposicionamento de produto: 

O produto é relançado com uma nova proposta de valor. Por exemplo, a adaptação de refrigerantes para versões sem açúcar, focando em saúde sem perder sabor.


Rebranding visual: 

Alteração de logotipo, cores, tipografia, embalagem. Muitas vezes serve como porta de entrada para mudanças mais profundas.


Rebranding de nome: 

Quando o próprio nome da marca perde força, sentido ou está associado a algo negativo.


Exemplos inspiradores de mudança de rumo


Talvez você já tenha reparado em algumas marcas que passaram por processos assim e mudaram completamente sua trajetória. O Nubank, por exemplo, construiu uma identificação jovem e descomplicada, ganhando público que nunca imaginava se engajar com bancos.


A Havaianas, por outro lado, deixou de ser símbolo de simplicidade barata para tornar-se marca de desejo global. A Apple, no fim da década de 90, atravessou crise profunda e voltou a crescer ao conectar inovação e design, apostando em uma identidade visual minimalista e comunicações que destacavam seu “Think Different”.


Essas mudanças não foram só cosméticas. Foram decisões que impactaram comunicação, cultura interna e percepção de valor perante o mercado. Sempre há riscos, mas também enormes oportunidades.


Passo a passo para realizar uma mudança estratégica de imagem


  1. Diagnóstico e entendimento do cenário:

    Faça uma análise profunda de como a marca é percebida hoje. Escute clientes, ouça a equipe, olhe para pesquisas e redes sociais. Faça benchmarking, mas não se prenda só em comparar visuais. Pergunte o que realmente diferencia a sua empresa, e o que poderia diferenciar, mas ainda não ocorre.


  2. Quem você é:

    Posicionamento de marca deve trazer seu DNA. Na verdade, ele é um casamento entre sua essência e como seu cliente precisa te perceber para comprar e se relacionar com você. Ter essa clareza é fundamental.


  3. Estudo do público e análise de tendências:

    Descubra desejos, motivações e dores do consumidor que você já atinge e, principalmente, daquele que deseja conquistar.


  4. Definição de objetivos claros:

    O que você quer mudar? Ampliar market share? Aumentar valor percebido? Aproximar-se de uma nova geração? Quanto mais específico, melhor.


  5. Estratégia de posicionamento e mensagem:

    Aqui entra a proposta única de valor, personalidade de marca, tom de voz e um storytelling que faça sentido.


  6. Desenvolvimento da identidade visual e sensorial:

    Inclui tudo o que impacta os sentidos: logotipo, layout, tipografia, paleta de cores, jingles e até a experiência na loja física ou digital. O ideal é construir um brandbook que oriente toda a comunicação, garanta unidade e facilite a aplicação nos mais variados canais.


  7. Engajamento do time:

    Se a equipe não entende ou não acredita nesse novo momento, dificilmente o público sentirá a potência da mudança. Workshops internos, diálogos sinceros e ambientes colaborativos são indispensáveis.


  8. Lançamento e comunicação transparente:

    Hora de preparar o público para receber a novidade e não esquecer de contar os “porquês” da mudança. Use storytelling para mostrar a trajetória, os desafios e as conquistas.


  9. Monitoramento e ajustes contínuos:

    O acompanhamento dos resultados deve ser constante. Recolha feedbacks, adapte mensagens, revise peças e ajuste o que for necessário para garantir que o efeito desejado foi atingido.



Análise de mercado e estudo do público: onde tudo começa

Um dos erros mais comuns em processos de reposicionamento é focar demais no visual e pouco na essência. Antes de alterar identidade gráfica, é preciso entender profundamente o universo do cliente e a identidade da sua empresa.


Para isso, combine recursos simples, como enquetes online, entrevistas presenciais ou pesquisas de opinião pós-venda, a métodos mais sofisticados de análise, como social listening e análise de dados comportamentais. Ferramentas digitais cresceram muito nos últimos anos, mas nada substitui a escuta atenta do público real, em contextos reais.


Pergunte mais, adivinhe menos.

É também importante entender como sua categoria se comunica, para que você vá mais fundo no que é único na sua empresa. O que não se pode fazer é copiar a estratégia do concorrente.



Como manter a relevância após o reposicionamento

O trabalho não termina com o lançamento da nova identidade ou da campanha de comunicação. Adotar uma rotina de monitoramento constante é fundamental. Use indicadores de satisfação, análise de engajamento e retorno sobre investimento para entender se os objetivos estratégicos estão sendo atingidos.


Além disso, não tenha medo de rever o que não funcionou e ajustar o percurso. O segredo para se manter vivo no coração e na mente dos consumidores é nunca parar de evoluir. O olhar genuinamente apaixonado pelo cliente é o melhor farol para guiar cada novo passo.


Conclusão

Renovar a imagem e o posicionamento de uma marca é tarefa exigente. Mais do que exibir um novo logotipo ou mudar a campanha publicitária, é preciso alinhar propósito, objetivos e cultura interna para definir sua personalidade para os próximos anos. Os resultados são possíveis e notáveis quando há autoconhecimento, estratégia e verdadeira vontade de buscar conexão e relevância.


Vale lembrar: esse é um processo contínuo. O mercado muda, as pessoas mudam e as marcas também deveriam mudar. Assim, adaptar-se sem perder a essência é o maior segredo. Aliando autenticidade, consistência e agilidade, sua marca estará muito mais preparada para crescer e conquistar espaço.

Reposicionar é transformar. E transformação nunca termina.

Se precisa de ajuda neste processo, temos duas iniciativas que podem te ajudar: a BrandMade é especializada em estratégia de marcas usando os melhores métodos de inovação e design. Já a DesignGuy, vai construir e manter toda a parte visual da sua nova marca, entregando com muita qualidade e rapidez. Acesse os sites e agende uma reunião.



Perguntas frequentes sobre reposicionamento de marca


O que é reposicionamento de marca?

É a mudança planejada de como a marca se posiciona no mercado e deseja ser percebida por seus públicos. Envolve reavaliar identidade, valores, proposta, comunicação, e pode ou não incluir alteração visual. Não se trata apenas de mudar o visual da empresa, mas sim de repensar toda a estratégia para garantir relevância e aproximação com as necessidades do consumidor.


Como fazer reposicionamento de marca?

O processo começa com uma análise profunda da situação atual da marca, estuda hábitos e desejos do público-alvo, estabelece objetivos claros, cria nova proposta de valor, ajusta identidade visual e mensagem, envolve a equipe interna, faz um lançamento bem comunicado e monitora resultados. Cada etapa precisa ser adaptada à realidade da empresa para gerar resultado genuíno e consistente.


Quando uma marca precisa se reposicionar?

Quando percebe queda de relevância, deseja atingir novos públicos, deseja atualizar sua imagem, enfrenta novos concorrentes, vê mudanças importantes no segmento ou busca alinhar a comunicação aos valores atuais da sociedade. Sintomas como perda de clientes, engajamento baixo ou percepção de desatualização são sinais de que é hora de repensar o posicionamento.


Quais os benefícios do reposicionamento de marca?

Entre os principais ganhos estão: aumento da relevância, conexão com novos públicos, renovação da imagem, diferenciação em relação à concorrência, maior engajamento dos colaboradores e clientes, além do aumento de valor e credibilidade da marca. Quando bem feito, esse movimento impacta diretamente nos resultados de negócios e na longevidade da marca.



 
 
 

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